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15 abril, 2012

Saltar!


Como a árvore presa na calçada
Com suas raízes enterradas
Lutando contra as pedras e o cimento
Buscando o lugar de direito 
Que lhe foi tirado "sem rodeio"


Asfalto e edifícios, fogos de artifício
Novelas, cenas loucas, da favela ao precipício
Tudo conspira para o claustro 
Um momento em nosso encalço


Sufoco meus sonhos
Presos no coração
Endurecido pelo tempo
Em meio à solidão


De crer-me um só
De estar sozinho
De sentimentos
De desatino


Nada é o que parece
Tudo nos entristece
Busco fora o que falta dentro
Busco dentro não querendo encontrar


Como dizer sem falar?
Como pensar sem sorrir?
Como amar sem medir?
Como andar sem partir?
Como comer sem respirar?


Na verdade a verdade é sentir sem hesitar
É buscar sem julgar
É no peito habitar
A razão de calar
E no momento em que o ar
Propicia voar...


Saltar!

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